O uso de alimentos alternativos na alimentação de suínos deve ser sempre analisado. Certamente porque o custo de produção sempre foi uma questão sensível dentro dos sistemas de produção, independente de qual seja. A pecuária de forma geral é tomadora de preço, ou seja, não determina o preço, e sim segue o preço determinado pelo mercado.
Ao produtor cabe gerenciar seus custo de produção, mantendo abaixo do preço de venda para garantir o lucro. Como resultado, pode-se: aumentar a produção para diluir custos fixos; reduzir os custos substituindo ou reduzindo o uso de alguns insumos.
Portanto, para reduzir custos, costuma-se buscar alimentos alternativos na alimentação de suínos, que podem variar de região para região. No Maranhão as opções são: farelo de arroz (cuim), farelo de babaçu e, pela proximidade com o Pará, torta e farelo de dendê.

Análise de alimentos alternativos
Entretanto para o uso de qualquer alimento alternativo deve-se avaliar o alimento sob os seguintes aspectos, além do custo: fatores antinutricionais e composição bromatológica. Tudo isso determina o nível de inclusão e qual categoria vai receber ração composta com o alimento em questão.
Os principais fatores antinutricionais são: inibidores de proteases (soja), polissacarídeos não-amilaceos – PNAs (maioria dos vegetais), polímeros fenólicos (tanino – sorgo), lectina (sementes), fitatos (fósforo de origem vegetal), gossipol (girassol), ácido cianídrico (mandioca) e saponinas (vegetais).
Entretanto, na fase de gestação, os PNAs é benéfica até certo ponto na alimentação de porcas. Ao invés de trabalhar a dieta com fibra bruta, pode-se utilizar os níveis de PNAs para garantir o nível de fibra necessário para a categoria.
Quanto a composição nutricional, os pontos mais importantes são os níveis de energia, proteína e fibra. A quantidade de proteína e energia basicamente vai determinar a quantidade de alimento utilizado na ração.

O melhor lugar para avaliar a composição de alimentos para suínos é nas Tabelas Brasileiras para Aves e Suínos, que aborda a composição de alimentos e exigências nutricionais para aves e suínos.
A quantidade de fibra determina principalmente a categoria utilizada. Teores elevados de fibra permite o uso apenas na fase de gestação, pois não há consumo a vontade, havendo um “espaço” dentro do trato digestório do animal, possibilitando o aumento do volume da ração.
Entretanto o uso deve ser cauteloso. Na porca, clientes que usaram níveis de inclusão de 20% de Farelo de Babaçu reduziu consideravelmente o escore da porca. Fato não observado quando limitou-se a 10%.

Quer saber mais sobre produção de suínos? Conheça a Escola de Suínos.